“Tenha paciência comigo”, gritou o escravo enquanto ele implorava ao seu companheiro escravo por misericórdia (Mateus 18:29).

Esse é também o grito silencioso que vem a nós como donas de casa e mães de muitos daqueles com quem temos de lidar a cada dia. Mas precisamos ser sensíveis em nosso espírito para que possamos ouvir esse grito – pois é silencioso.

Pode ser que nossos filhos sejam lentos em aprender alguma coisa que nós repetidamente estamos tentando lhes ensinar, e nós ficamos extremamente tentados a nos tornar impacientes com eles. Se pudéssemos ouvir seu grito silencioso, dizendo: “Tenha paciência comigo, eu estou tentando o meu melhor para fazer certo”, então seria mais fácil para nós vencer a tentação de ficar irritado com eles.

Talvez a empregada que nos ajuda com nosso trabalho ao redor da casa seja um pouco desajeitada e não tão limpa como nós queremos que ela seja, e nós somos tentados a ser duros com ela. Mas seu grito silencioso é “Tenha paciência comigo. Me dê outra chance e eu vou melhorar” – e nos é apresentada outra oportunidade de sermos mais gentis.

Ou pode ser que nossos pais idosos, sendo velhos e doentes, estão agora dependentes de nós. Seu grito fraco e silencioso é também “Tenha paciência comigo. Eu não quero incomodá-lo, mas eu preciso de sua ajuda agora”. Se formos sensíveis aos seus sentimentos, vamos ouvir o seu grito e ajudá-los, sem privá-los de sua dignidade, e sem deixá-los sentir sua dependência.

Talvez o comportamento de nossas irmãs na igreja seja uma prova para nós. Seu grito silencioso é também “Tenha paciência comigo. Ainda me falta muita sabedoria”. Então vamos perceber que eles também, como nós, estão lutando para alcançar a perfeição.

Em tais situações, todos nós vamos encontrar uma tendência em nossa carne de ser como aquele escravo impiedoso. No entanto, esses são os momentos quando precisamos nos lembrar do quanto Deus nos tem perdoado, e como outros têm sido pacientes com nossas tolices.

Assim, devemos ter nossos ouvidos espirituais em sintonia em todos os momentos para ouvir o grito por paciência que vem a nós dos nossos companheiros escravos – tanto de jovens quanto de velhos.

“Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tiago 1:4).